terça-feira, 25 de setembro de 2012

A melhor professora do mundo

Imagem: Pinterest
 

 Em algum momento de nossas vidas, alguém teve a paciência de nos ensinar o que sabemos hoje. Em algum momento, aprendemos a esperar, aprendemos a amar, aprendemos a nos cuidar. Em algum momento mais remoto, aprendemos coisas mais básicas, como andar, falar, fazer um laço no cadarço. E existe aquele momento, mais especial para alguns que para outros, em que aprendemos a...
escrever.
Foi pelas mãos da minha mãe que tracei as primeiras letras. Foi ela quem me ensinou a escrever meu nome tão longo e complicado, com um “y” e um “w” que nem fazia parte do meu alfabeto. Enquanto ela preparava a aula do dia seguinte em casa, eu tinha que ficar no quarto estudando. Nada de mamata por ser a filha da professora. Eu tinha a melhor mãe do mundo em casa, ia até a escola com ela e, lá, ela se transformava na melhor professora do mundo.
Mas pior que isso foi o dia em que vi todos os outros alunos dando presentes para a professora. Um presente melhor que o outro! Todos dando beijos, cartões e presentes, menos eu. Ninguém em casa tinha me avisado que era Dia dos Professores. Minha mãe não quis cometer o ato de vaidade de pensar em um presente para ela própria. E fiquei ali, assistindo aos agrados dos colegas, enquanto eu estava de mãos vazias.

A solução foi ir ao banheiro e fazer muitos desenhos e escrever muitas frases para ela. Ela tinha que saber que eu a amava como professora. Tinha que ganhar algo vindo de mim também. Naquele dia, enchi minha professora de papéis nos quais coloquei toda a minha admiração por ela. Meu coração ficou em paz. E permanece nessa paz até hoje, sabendo que todos aqueles cartões, todas aquelas palavras que escrevi são ainda guardados pela minha mãe e professora.
E assim foi com tudo mais que continuei escrevendo para ela. Os cartões de Dia dos Professores, de Dia das Mães, de Páscoa, de Natal, de Aniversário. Tudo guardado. Nada descartado. O que ela não sabe é que fez muito mais do que me ensinar a escrever. Ela lia o que eu escrevia. E valorizava. É, aliás, o que ela ainda faz com cada uma das minhas palavras. Minha mãe, minha primeira professora, minha sempre primeira leitora... As letras chegaram a mim através das mãos da minha mãe. E se eu continuo escrevendo, é apenas na tentativa de que as minhas palavras se transformem sempre em mensagens de amor a ela.


Desconheço a autoria desse texto (que recebi por e-mail), porém, desconfio que seja alguém que me conhece muito bem e que inspirou-se em mim para escrevê-lo! À minha amada mãe Marlene, que sempre foi (e é!) a melhor mãe e professora que conheço! Te amo mãe!!!!
 

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